O PORTAL DA MEMÓRIA VIGIENSE
Soerguimento da Vila eo Título de Cidade
OS EPISÓDIOS DA CABANAGEM na Vigia estremeceram a rotina da região. Após uma segunda reação, com prisões e mortes dos líderes cabanos, a popu-lação continuou sofrendo com a crise de abastecimento, recorrendo à prote-ção de embarcações da Marinha, atra-cadas próximo à Vila de Itapuá.
Frente da cidade de Vigia, vista da Vila de Itapuá.
Ataques a navios ingleses que traziam suprimentos para Belém ocorreram no percurso, como no caso do "Clio", assaltado na frente de Salinas por indígenas e caboclos. O único sobrevivente foi o marinheiro Alexandre Paton, resgatado na mata e levado para Vigia, onde viu parte da carga saqueada do Clio sendo consumida pela população. Com as mudanças administrativas no Brasil, já sob o reinado de Pedro II, as elites agrárias buscaram se reorganizar e encontrar estratégias de relações para garantir a continuação do poderio econômico. Concomitantemente, surgiram novas irmandades, sociedades recreativas, casas comerciais, jornais impressos e movimentos de letrados, que contribuíram para o processo de soerguimento e desenvolvimento social. Vigia é elevada à categoria de Cidade, pela Lei Provincial nº 252, de 02 de outubro de 1854, tendo como base econômica a Agricultura sistematizada.
Fontes consultadas:
ALMEIDA, Wilkler. Tauapará. Vigia, Ed. Indep., 2005.
CORDEIRO, Paulo. Sociedade, Cultura e Resistência: Memória e História da Cidade de Vigia. SP: Ed. Filos, 2024. CLEARY, David. Cabanagem: documentos Ingleses. Belém: Secult, IOE, 2002.
RAIOL, Domingos Antonio. Motins Políticos. Belém: UFPA, 1970.