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Adesão da Vigia à Independência do Brasil



Tela "Adesão à Independência" Wilkler Almeida, 2005
SÃO VÁRIOS os fatores que levaram ao ato simbólico de 7 de setembro de 1822, que efetivou o fim da era colonial brasileira, para a instauração do Império do Brasil. Desde a chegada da família real portuguesa, em 1808, uma série de mudanças ocorreram em favor do desenvolvimento comercial e econômico, aliados a medidas de modernização. Contudo, após a declaração da Independência hou-veram conflitos em várias províncias, como a do Grão-Pará, última a aderir, em 15 de agosto de 1823. Na Vila de Vigia, a adesão oficial aconteceu oito dias depois, solenizada pelo Senado da Câmara, formado por portugueses, cujo evento foi assistido pelos populares, vestidos com os melhores trajes, no entorno do Paço decorado com flores e tecidos, ao som da banda de música e de foquetes. Os festejos se esten-deram por sete dias, havendo missa, repique de sinos e bailes. Os acontecimentos daquele 31 de agosto foram narrados pelo escrivão do Senado, João Pedroso Neves, através de um manuscrito de oito páginas, encontrado no acervo do Instituto Histórico e Geográfico do Pará. A narrativa omite a participação de negros e indígenas (os quais compunham a população, em-bora sem o reconhecimento da cidadania), exceto em um trecho relatando que no segundo dia as comemorações seguiram na praça "já com as mais diferentes figuras, as mais esquisitas...", evidenciando um tratamento pejorativamente diferenciado.
Relato da Adesão à Independência e Aclamação ao Imperador Dom Pedro de Alcântara, por João Pedroso Neves (escrivão do Senado da Câmara; Vila de Nazareth da Vigia, 31/08/1823.


Fontes consultadas: - https://brasilescola.uol.com.br/historiab/independencia-brasil.htm.
- Relato da Adesão à Independência e Aclamação ao Imperador Dom Pedro de Alcântara, por João Pedroso Neves (escrivão do Senado da Câmara; Vila de Nazareth da Vigia, 31/08/1823.