

O PORTAL DA MEMÓRIA VIGIENSE


Bandas de Música de Vigia
Contextos históricos de todas as bandas de música de Vigia


As primeiras bandas de música surgiram no Rio de Janeiro no Século XVIII e eram formadas por barbeiros na maioria eram escravos e as músicas tocadas nesse período em festas religiosas e profanas eram: fandangos, dobrados e quadrilhas.
Em 1831, foram criadas as bandas de música da Guarda Nacional e em 1896 foi criada uma das mais antigas e famosas bandas de música do país, a Banda de Música do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, fundada por Anacleto de Medeiros.
Já no Século XX, as bandas de música foram consideradas uma das grandes manifestações culturais do país, pois se apresentavam em coretos. Nas bandas de música também surgiram muitos gêneros musicais e vários repertórios como: chorinhos, marchas e dobrados.
Sendo o orgulho da cidade interiorana, essas pequenas bandas formaram vários músicos profissionais e amadores, eruditos e populares, como podemos citar alguns deles: Patápio Silva, Anacleto de Medeiros Fundador da Banda do Corpo de Bombeiros do Estado de Rio de Janeiro e Altamiro Carrilho, entre outros.
A musicalidade na cidade da Vigia remonta ao século XVII, quando ordens religiosas, como os jesuítas, aqui estiveram em missões de cristianização, reforçando o processo de colonização da região em que a música foi um instrumento utilizado pelos religiosos para a evangelização.
Além disso, esse contato de colonização por meio dos religiosos com povos indígenas e populações negras que passavam pelos processos de escravização (e aculturação) formaram a diversidade musical da região.
Em 1732, o Colégio dos jesuítas começou a ser construído na região para o ensino
de diversas matérias e a musicalidade era seu foco central. Nesta cidade, os marcianos construíram o 2o Colégio da Amazônia.
O termo Banda de música no Pará é do século XIX. Na cidade da Vigia, esse conceito aparece em 1836 (período da Cabanagem), entretanto, documentos destacam que no dia 31 de agosto de 1823, na festa de Adesão da cidade da Vigia à independência, havia a presença de músicos tocando em frente ao Paço Municipal e à Igreja Matriz1
. A festividade religiosa de Nossa Senhora de Nazaré, a partir de meados do século XVIII, passou a ser organizada pela Irmandade de Nossa Senhora de Nazareth.
. Possivelmente, os músicos também acompanhavam o cortejo. No início do século XIX, foi constante a presença desses músicos nas festividades das diversas Irmandades na cidade da Vigia, revelando a relação religiosidade e música na região.
- Resumo das festas realizada na Vila de Nazareth da Vigia em honra a aclamação de D. Pedro 1º Imperador do Brasil em 31 de agosto de 1823. Encontra-se na Biblioteca do IHGP (Belém).
- Translado do Compromisso da Irmandade de Nossa Senhora de Nazareth da Vigia aprovado em 26 de outubro de 1751, contendo 10 Capítulos. Encontra-se uma cópia com o autor desde livro. Ver também, CORDEIRO, Paulo. As Irmandades Religiosas em Vigia no século XIX. Belém: Imprensa Oficial do Estado, 2013
- Ver as edições do jornal O Espelho da cidade da Vigia de 1878/9 e nas prestações de contas das irmandades religiosas. Encontra-se no Arquivo da sociedade “Cinco de Agosto”.
Os músicos nesse período passavam por dificuldades financeiras e não possuíam valorização como profissionais. Mas, sempre estavam participando das festas sociais, os chamados soirée dançante, nos vastos salões de certas residências e nas festividades religiosas e civis. Como informa o jornal O Espelho que, na festa do dia 26 de junho de 1879, “teve lugar o cyrio civil, porque o nosso vigário não acompanhou o dito cyrio, atrás do qual seguia a orchestra, entoando as peças do seu repertorio”. O cortejo religioso saiu da residência do tesoureiro para a capela do Bom Jesus dos Passos, com a coroa da S.S Trindade dos homens pardos.
. O século XX, podemos dizer que foi um período áureo para as bandas musicais, não faltaram contatos para tocar: ora nos bazares-dançantes das associações, ora nas festividades religiosas, quando se apresentavam no coreto e até em Belém, onde iam divulgar a cultura musical da cidade da Vigia. Enfim, os músicos começam a partir desse século a ter certa valorização e respeito, chegando até serem divulgados no jornal local, Gazeta da Vigia: considerado “o pai nosso dos músicos”. Todavia, o que foi realizado para afastar certas festas e alvoradas gratuitas.
Houve, entretanto, uma fase crítica entre as duas Bandas musicais da cidade, a 31 de agosto e a União Vigiense, pois como não funcionavam as escolas musicais, logo não se formavam novos músicos. Com isso, para as bandas se apresentarem em qualquer evento era preciso que outros músicos viessem de outras cidades, como por exemplo de Colares, São Caetano de Odivelas e da vila de Porto Salvo (Vigia). Logo, essa fase acabou quando as escolas musicais voltaram a funcionar.
Com o desenvolvimento da cultura de massa, as bandas de música sofreram um sério risco de extinção, e em 1976 a Funarte criou um projeto com o objetivo de realizar uma política de estado que possibilitasse o apoio dos trabalhos dessas bandas de música.
Na cidade de Vigia de Nazaré na segunda década do século XX, nas tardes da quinzena nazarena, as bandas de música, passavam e se instalavam no coreto. Entre as bandas estavam o Clube Musical União Vigiense e a Banda de Música 31 de Agosto. Tocavam no coreto, uma embaixo e a outra em cima, se alternando com brilhantes repertórios, na qual o Clube Musical tocava as composições de Serafim dos Anjos Raiol Filho e dentre outros compositores. Emanuel Ataide (2002) ressalta que:
Era uma vez na Vigia de Nazaré... Havia no arraial da Igreja Madre de Deus uma construção em alvenaria, dois pavimentos, formato de prisma, cônico no ápice, com escadaria lateral para acesso ao segundo pavimento... Aqui, no Coreto do Arraial, ficarão impressas para os presentes e legados à posteridade os fatos relevantes às coisas sagradas da Vigia de Nazaré. (p.10)
O surgimento da música na cidade de Vigia até a atualidade.
A cultura musical vigiense é um legado marcante das ordens religiosas no século XVII e XVIII. Com a celebração da Adesão do Pará à Independência, foram feitas várias solenidades na Vigia, com músicas nas ruas da cidade; essa manifestação denominava-se Tem Deum (festas populares), mas nesse período não há registro de existência de bandas de música.
As bandas de música só aparecem nos registros a partir de 14 de março de 1836, pelo Comandante Militar da Vigia e Distritos na época da Cabanagem com uma tropa de 766 homens, sendo que no Batalhão de Infantaria, havia uma banda de música composta por dez músicos e um regente, depois dessa data apareceu duas bandas civis, a Banda 07 de setembro e a Banda Sebo de Holanda, essa última com uma curiosidade pela formação de meninos brancos. Ambas se acabaram com o tempo, não havendo outros registros.
Em 1876, o monsenhor Mâncio Caetano Ribeiro tomou a iniciativa de reunir os músicos remanescentes das duas bandas extintas e formou a Banda “31 de agosto”, nome sugerido pelo Dr. Francisco de Moura Palha em homenagem à data da adesão da Vigia à Independência do Brasil e em 31 de agosto de 1881 foi inaugurada oficialmente pelo professor Francisco de Moura Palha.
A Banda 31 de Agosto teve a sua primeira rival, a Banda 25 de novembro, fundada em 1883, e logo desaparecida ficando sem nenhum registro em Vigia no decorrer de sua história.
Existiram cinco bandas, sendo duas na cidade da Vigia e três nos seus distritos de Porto Salvo e Colares, até o ano de 1961, quando Colares desmembrou-se do Município de Vigia tornando-se Município, e com isso as bandas foram divididas três em Vigia e duas em Colares.
O Município de Colares torna-se autônomo em 20 de dezembro do mesmo ano, e na sua história e de suas bandas de música, sempre permanecem ligadas ao movimento musical da Vigia. Colares, não obstante a escassa população, com pouco mais de mil habitantes em sua sede municipal sempre contou com duas bandas de música, tal como o distrito de Porto Salvo haviam outrora duas bandas rivais a “7 de setembro” e a “Arcádia”. Ambas desapareceram dando lugar a uma terceira banda: a Banda “25 de Dezembro” fundada em 1968.
Ao ser desmembrado da Vigia, Colares também absorveu o distrito de Mocajatuba e assim mantêm hoje duas tradicionais bandas de música: a “Lira Nova”, de Mocajatuba, fundada em 15 de novembro de 1922 e a banda “ Prof. Luís Gama” na sede municipal, fundada em 30 de junho de1948.
Entretanto, muito antes no Compêndio das Eras de Monteiros Baena conforme Ildone (1991) ocorre uma referência ao compromisso dos padres mercenários da Vigia, quanto à instrução da juventude. Os padres ainda não tinham iniciado as prometidas aulas de ler, escrever e contar, e mais, de Língua Latina, Filosofia, Teologia e Solfa[1].
Para Ildone:(1991)
A música, portanto, fazia parte do programa educacional a ser implantado na Vila da Vigia... A ocorrência prende-se a uma reclamação da Câmara ao Governador José de Menezes, entre os anos de 1780 e 1783... Segundo informações de Vicente Salles dá ao nosso município, a primazia, entre todas as comunidades paraenses, em matéria de banda de música. (p.38)
A cidade da Vigia tem uma tradição musical riquíssima desde as ordens religiosas no século XVII e XVIII até a atualidade, o que mostra uma grande plenitude musical. Passou por turbulências nas bandas de música, na qual muitas vezes essas bandas tinham que ir buscar músicos emprestados de outras bandas para poderem se apresentar.
A cidade viveu o auge das festas carnavalescas nos salões das sociedades vigienses, com a participação da Bandinha Carnavalesca do Mestre Zota, na sede do Luzeiro, pois essa bandinha pertencia ao Clube Musical União Vigiense, e a Bandinha do Mestre Simi da Banda do Clube Musical 31 de Agosto.
Os tempos foram passando e a tecnologia foi tomando lugar da música na cidade da Vigia de Nazaré, evoluindo conforme os tempos, e as festas carnavalescas de salão, foram acabando e deixando o espaço para o carnaval de rua: das micaretas aos trios elétricos.
Domumentário Saudade da minha Terra
Durante a passagem da Tocha Olimpica pelo Pará, nossos representantes das Bandas de Vigia estiveram presentes.

Maestro Vale

Músico João Paulo
Fernando André (músico vigiense)

Nas Olimpíadas de Sidney, foi o Pará que exportou para a Austrália os cinco músicos que fizeram parte da banda cosmopolita de abertura; o Vigiense Fernando André estava entre eles. O Pará é terra de gente de talento inigualável que emergiu para o reconhecimento apesar de todas as dificuldades. Muitos são os que têm honrado o nome de nosso Estado pelos quatro cantos do planeta.






Ensaio das Bandas na Australia


foto de Fernando André no dia da Abertura das Olimpiadas da Austrália.

Tempos depois Fernando André se tornou Sargento da Marinha do Brasil.
Clube Musical União Vigiense


Foto da Banda União Vigiense no ano de 1910 em Frente a Igreja Madre de Deus em Vigia, PA.
Música & Imagem - Documenta | Clube Musical União Vigiense

Quem nunca seguiu a banda quando criança?
Na imagem vemos a Banda União Vigiense passando pelas antigas esquinas da cidade (esquina da Trav. Generalíssimo com Rua Noêmia Belém). Década de 1980.
Em 13 de maio de 1916 surgiu o Clube Musical União Vigiense, foi fundado por um grupo de desistentes do Clube Musical 31 de Agosto, com apoio de comerciantes locais, seu primeiro presidente foi, Clarindo Palheta, e o primeiro mestre, Tertuliano Zacarias Palheta, receberam o apoio de Constâncio da Silva Gaia que se manifestou em fundar outra banda de música com a colaboração de outros como: Mâncio Ataíde, Raimundo Nonato Alves, Raimundo Napoleão de Sousa, Leopércio Mira e José Esteves, sendo muito os comerciantes que contribuíram para a aquisição de instrumentos e progresso da União. A primeira Banda era composta por 25 Músicos.
O Clube Musical União Vigiense desenvolve vários trabalho na comunidade vigiense e interior desse município, fazendo apresentações em praças e teatros, além de acompanhar os cortejos das procissões de Círio de quase todas as localidades vizinhas ao município de Vigia de Nazaré e também na capital.
O Clube Musical União Vigiense, em 1978, sob a regência do maestro,Dalmácio Siqueira, participou do II Campeonato Nacional de Bandas, promovido pela FUNARTE.
O Clube Musical União Vigiense já viveu momentos de sucesso e de dificuldades, no final da década de1980 a Fundação Carlos Gomes, órgão do Governo do Estado do Pará, passou a dar apoio Técnico Pedagógico, dando uma melhora e qualidade na Banda de Música.
Segundo simpatizante do Clube Musical União Vigiense, que por volta de 1979, já participava de eventos fora do município de Vigia de Nazaré. Conquistando o 2º lugar no II Encontro de Bandas de Música do Pará.
Em 21 de abril de 1981 o Clube Musical União Vigiense participou dos Festejos de Aniversário de 21 anos da Capital Federal. Os convites apareceram de imediato para apresentação em festejos de Círios da Capital e Interior do Estado, participou em atividades culturais da Universidade Federal do Estado do Pará e outros promovido pelo MEC, em Belém.
A escola de música foi reativada depois de longo tempo, em março de 1981começaram as atividades em uma Escola Estadual “Comandante Castilho França, situado à Rua Lauro Sodré no Município de Vigia de Nazaré Estado do Pará. Os resultados não demoraram a aparecer e a escola garantiu a renovação do quadro de músicos e a banda tornou-se mais harmoniosa e tecnicamente melhor.
Algum tempo, mas tarde a escola passou a funcionar em um casarão a Rua de Nazaré, cedido pelo Sr. Américo Pereira, antigo colaborador e Irmão do Cunhado de Serafim dos Anjos Raiol Filho, Raimundo de Mira Pereira.
Em 1984, foi iniciada a construção da atual sede, em um terreno cedido pela Prefeitura Municipal do Município de Vigia de Nazaré, na gestão do Prefeito José Ildone Favacho Soeiro.
Em 1990, assinou convênio com a Fundação Carlos Gomes, sendo a primeira banda a integrar o projeto de interiorização, possibilitando a integração de seus músicos em cursos de especialização e apresentações de grupos musicais com artistas brasileiros e estrangeiros na cidade de Vigia de Nazaré, como podemos citar cursos ministrados pelo PHD em Regência Martin Bergee, Holly Copland e Berry Ford da Universidade de Missouri (EUA), Maestro Zem Obara (Japão), Maestro Andy Pereira de São Paulo, Quinteto Brasil e Quarteto de Trombone da Universidade da Paraíba, e cursos ministrados pelos Professores Gabriel Galo e Daniel Parriello da Argentina, Oleg da Rússia e Ricardo Cabrera da Colômbia.
Em 1992, gravou um clipe para TV cultura; em 1995 participou do programa gente que faz, da TV globo. Nesse mesmo ano os monitores da escola de música da união participaram do festival internacional de música de londrina no Estado do Paraná.
Em 1996, participou do centenário da morte de Carlos Gomes na Assembléia Legislativa, no qual executou a Protofonia da Ópera “o Guarany”. Nesse mesmo ano, o Clube Musical União Vigiense, participou das festividades de Natal em Belém Estado do Pará, tocando em um Bombinho na maioria das ruas da Capital Paraense.
O Clube Musical União Vigiense, representou a Amazônia no concurso de Bandas de Música realizado em Brasília, promovido pelo Rotary Internacional, ficando em Quarto Lugar.
Em 1998 apresentou-se em salvador (pelourinho) Bahia, um dos momentos marcantes da união vigiense foi a participação do trombonista Fernando André na cerimônia de abertura dos jogos olímpicos de Sidney em 2002 (Austrália).
Em 2000, o Clube Musical União Vigiense gravou um clipe para o Governo do Estado do Pará com a (mensagem de Natal).
Entre 2002 a 2007, participou da abertura do festival internacional de música do Pará, no teatro da estação das docas e nas alvoradas musicais na capital paraense
Em julho de 2002, participou do campeonato internacional de esportes aquáticos no teatro da estação das docas, e a inauguração do estádio olímpico do Pará (mangueirão); em maio do mesmo ano, a banda participou da gravação de um cd, com repertório de hinos pátrios.
Entre 2002 a 2005 participou como anfitriã dos encontros de bandas da região do salgado, na cidade de Vigia de Nazaré, reunindo cerca de 500 músicos de localidades vizinhas.
Em abril de 2006, participou da gravação de um clipe para rede de TV amazona Sat com uma programação da tribo Sat. Nesse mesmo ano, ocorreu a formatura da primeira turma do curso de graduação em música, da Universidade do Estado do Pará, Núcleo Universitário de Vigia, da qual quase todos os formandos eram músicos do Clube Musical União Vigiense.
Um dos fatos muito importante que podemos citar, é que os músicos que saíram do Clube Musical União Vigiense, está empregado: em orquestras e bandas militares de todo o país, dando valor a esses jovens, com uma expectativa de vida mais saudável, e uma grande ênfase ao Clube musical União Vigiense, com uma qualidade de trabalho de mais aceitação quando se fala na banda de música do município de Vigia de Nazaré.
O Estatuto do Clube Musical União Vigiense foi aprovado no de 1916, e em 16 de março de 1942, Fenelon Cleofas e Serafim dos Anjos Raiol Filho reformularam o estatuto da banda que era formada por 25 músicos, uma escola de música e um quadro de sócios, honorário e benemérito e alterado em 14 de junho de 1997.
Em 04 de março de 2008, Hédrios Frank Silva Raiol- Presidente, Marinildo Pereira da Silva- Vice-Presidente e Regente, Kelso Palheta Monteiro- Secretário atualizaram, o estatuto do Clube Musical União Vigiense de acordo com o Novo Código Civil. Tendo como Capítulo segundo o seu estatuto:
I- Da denominação e fins.
Art. 1º - O Clube Musical União Vigiense, fundado na cidade de Vigia de Nazaré, em 13 de maio de 1916, é uma associação civil de direito privado sem fins lucrativos ou econômico, apartidária, livre e sem discriminação, com sede foro em Vigia/Pa, personalidade jurídica e patrimônio próprios e duração por tempo indeterminado.
Art. 2º - São fins principais do Clube Muiscal União Vigiense § 1º- Primar pela Educação e o desenvolvimento da cultura musical entre associados e comunidade; § 2º- Manter uma Escola de Música; § 3º - Manter uma Banda Musical com a mesma denominação social, ou seja, Clube Musical União Vigiense; § 4º- Promover, dentro de suas possibilidades o engrandecimento social e cultural da Vigia.
O novo estatuto do Clube Musical União Vigiense foi aprovado em Assembléia Geral no dia 14 de junho de 1997, e atualizado segundo as normas do Código Civil Brasileiro em 04 de março de 2008.
A Diretoria do Clube Musical União Vigiense é formada por: Presidente, Vice- Presidente, Secretário, Tesoureiro, Relações Pública e o Regente da Banda que exercer o cargo por nomeação.
O Presidente do Clube Musica Musical tem todo o poder de efetuar acordos e convênios com atividades ou instituições de caráter público: Federal,Estadual,Municipal,Comercial ou Civis, a fim de conseguir recursos necessários para provimentos e execução de seus objetivos.
”A Banda de Musica é um fenômeno histórico e sociológico tão importante quanto fenômeno artístico, a banda de música vive hoje, em muitos lugares, em estado de latência. Não deixa, porém, de desempenhar importante papel de mobilizadora da comunidade nos seus momentos mais caros e solenes; de cumprir o papel de escola livre de música, verdadeiro conservatório do povo; de manter-se como guardiã da tradição musical popular brasileira. A banda de música ainda é a mais antiga e menos estudada instituição ligada à criação e divulgação da música popular”.( Salles, 2004 p.222).
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TINHORÃO, José Ramos. História Social da Música Popular Brasileira: 1ª Edição, Ampliada e Atualizada. EDITORA 34 Ltda, 1998.
JORNAL, Vigiai, Ano 01.5ª Edição. Coreto: Vigia (Pará) 2008.



Na imagem de maio de 1937, em Soure no Marajó, vemos a Banda União Vigiense, que na ocasião fez um regozijo em homenagem aos cinquenta anos de matrimônio do Sr. Romão, pecuarista daquela localidade. Os músicos presentes, adornados com quepe e botas de cano longo posaram para a posteridade. Em pé (da esquerda para direita) estavam João Borracha, Paturi, Elias, Raimundo Zacarias, Timico e Pimpão. Ao meio estavam Raimundo Sousa, Raimundo Rodrigues, Isaú, Otacílio, Demétrio, Raimundo Silva e João Silva. Já sentados estavam os músicos Serafim Raio, Saracura, Nelson Sousa, Passarinho (o menino com o triangulo), Quelé, Vitor Luiz, João Pimpão e Cícero Raiol.



Fotos internas da atual sede da Banda na Esquina da Rua de Nazaré com Travessa Lauro Sodré


Na parede da sede uma obra do Artista Plástico Wilkler Almeida

Banda 31 de Agosto
Clube Musical 31 de Agosto localizado no município de Vigia de Nazaré no estado do Pará fundado após a decadência das bandinhas de música de Vigia composta pela banda Sebo de Holanda (formada por crianças brancas) e pela banda 7 de SETEMBRO (formada por adultos). Surgiu a iniciativa de fundi-las e formar o Clube Musical 31 de Agosto em 26 de dezembro de 1876 tendo título-data como uma homenagem a adesão do município de Vigia, na época à frente o vigário Monsenhor Mancio Caetano Ribeiro a quem se atribui a formação desta nova banda apoiada pelo senador Francisco de Moura Palha.


No primeiro decênio do século XX o Clube Musical apresentou-se em decadência, e logo em seguida chega em Vigia no ano de 1912 o Padre Alcides Paranhos brilhante compositor e músico que reorganiza o Clube Musical que na época encontrava-se sem presidente apoiado por um pequeno grupo de músicos. Entre o Padre Alcides Paranhos tiveram a participação de outros grandes compositores e músicos talentosos que contribuíram para a formação de novos artistas, entre eles Isidoro de Castro autor do dobrado Saudade de Minha Terra famoso integrado ao Repertório de Ouro das Bandas do Brasil e Joaquim Silvino Pinheiro ex militar do exercito Brasileiro que assumiu a frente da banda 31 de Agosto e através de seu trabalho expandiu o contexto musical no município sendo considerado como mestre da banda e encerrou sua carreira regendo-a, logo após seu filho Alcemir Pinheiro (mestre Simir), deu-lhe continuidade ao seu trabalho levando a musica do município de Vigia para outras regiões do Estado e outros cantos do Brasil. Em 25 de setembro de 1976 foi campeã do 1º Festival de Bandas do Pará tendo a oportunidade de participar do 1º CAMPEONATO NACIONAL DE BANDAS, em novembro de 1977(no rio de Janeiro representando o estado do Pará) promovido pelo MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA, FUNDAÇÃO NACIONAL DE ARTE E REDE GLOBO DE TELEVISÃO. A exibição do Clube Musical 31 de Agosto no rio de Janeiro integrou o programa CONCERTOS PARA JUVENTUDE, produção MEC/TV GLOBO. Desde então novos músicos foram surgindo e a família 31 de agosto foi crescendo, tocando no que se faz de melhor e com qualidade e incluindo a participação nos ENCONTROS DE BANDAS DA REGIÃO DO SALGADO NO ESTADO DO PARÁ e também fazendo grandes apresentações. Ultimamente participou do documentário "Saudade de Minha Terra" , de Bernadete Mathias, José Nélio Palheta e Aladim Jr. Hoje é uma das mais antigas do estado com 137 anos, fazendo parte da história do município de Vigia, o Clube Musical 31 de Agosto caminhou com a cidade onde o desenvolvimento de ambos contribui para a educação, laser e reforça a cultura musical estabelecida.




Programa Gente da Gente - Aniversário da Banda 31 de Agosto
Banda 31 de Agosto no Rio de Janeiro representando o Estado do Pará no Festival Nacional de Bandas na década de 70

Banda Izidoro de Castro

Foi fundada no dia 20 de janeiro de 2010. Tendo como responsável Carlos Alberto e Thiago Natanael. Esta banda foi criada em homenagem a Isídoro de Castro, Vigiense compositor do dobrador “Saudade da Minha Terra”, este dobrado foi muito executado no Pará e tornou-se conhecido no Brasil inteiro. Com esse acontecimento Vigia participou do primeiro Campeonato Nacional de Bandas Musicais, promovido pelo Ministério de Educação Cultural e pela Fundação Nacional de Arte (FUNARTE). Esta banda está em atividade no bairro do Arapiranga, na rua São Brás, atende cerca de 60 alunos e participa de vários eventos como: bailes, procissões, círios, via sacra, desfiles cívicos e concertos na cidade e fora da cidade.Hoje na cidade há mais duas bandas que se formaram a partir de conflitos internos dos integrantes, que em outrora formaram-se do mesmo modo, assim surgindo à banda “Isidoro de Castro”, Homenagem ao compositor vigiense de “Saudade de Minha Terra”, banda oriunda da 31 de Agosto e o “Instituto Art Show” idealizado pelo ex-regente (José Vale) da banda “União Vigiense”.



Banda Maestro Vale (Art Show)
Instituto Musical Arte Show Vigia, fundado em 06 de Janeiro de 2008, mas sua Escola de Musica já se encontra em atividade desde 27 de março de 1999, e ao decorrer desses anos, já atendeu aproximadamente dois mil alunos. Trata-se de um programa de enorme repercussão social porque, ao tempo em que estimula a difusão musical como uma atividade cultural que muda hábitos individuais e coletivos, concorre para a formação profissional de muitos jovens que, ao entrarem na Banda de Música, descobrem que o mundo da musica adiciona cultura, conhecimento gerais, além de ser uma fonte de renda; caminho para definição de uma profissão e estimulo a vida acadêmica e, em muitos casos, descoberta de grandes talentos musicais. O Instituto Musical atende atualmente 250 alunos distribuídos em turmas de Iniciação Musical através do Canto, da Flauta doce, prática em Instrumentos de Sopro, Corda, Percussão, e a criação de grupos específicos dentro do próprio Instituto que são (Vigia Big Band , Banda Maestro Vale, Grupo de Flautas Doce, Grupo de Percussão), ampliando dessa forma, sua participação na vida cultural da comunidade vigiense e do Estado.
Vigia Big Band Formada por 25 músicos mais experientes, nos Instrumentos de Sopro, Percussão e Eletrônico que, consistem em valorizar e divulgar a musica instrumental de nosso município a outras localidades, além de ser uma oportunidade para troca de experiência, intercâmbio cultural, formação de platéia e servir de incentivo para que jovens e adolescentes cresçam em torno de uma atividade saudável para a comunidade.
A Banda já fez varias apresentações em Vigia e na Capital destacando-se: Natal para todos e reveillon 2008 na Praça da república em Belém, Concerto no teatro da Fundação Amazônica de Música no Projeto Música para todos em Belém, Concerto na Sociedade 5 de Agosto em Vigia, apresentações na Concha Acústica de Vigia no Festival de Verão 2008, Na Igreja Madre de Deus alem de Concertos na Cidade de Castanhal e Paragominas. Em 2009 participou da gravação do filme Saudades de minha terra e Vigia.
Em 2010 Participou do Projeto Musica na Estrada da Conexão Vivo e no mesmo ano foi premiada no Edital Premio SECULT de Musica do Governo do Pará com o Projeto Musica no Ribeirinho, que visa difundir a música instrumental para as localidades Ribeirinhas e Quilombolas da Cidade de Vigia, através de Concertos Musicais.
Banda Maestro Vale
Composta por 90 alunos ( 57 homens e 33 mulheres ) na faixa etária de 12 a 17 anos, nos Instrumentos de Sopro e Percussão já participou de vários eventos em Vigia, cidades vizinhas e Belém como: (procissão, Círios, via Sacra, desfiles Cívicos, Oficinas de concertos didáticos nas Escolas Estaduais e Municipais e apresentações em praças Públicas).
Grupo de Flautas Doce
Formado por 60 alunos de Iniciação Musical ( 25 mulheres e 35 homens) , na faixa etária de 8 a 12 anos, tem como finalidade descobrir no aluno aptidões musicais para ingressarem na prática nos instrumentos de sopro, cordas e percussão. O grupo se apresenta em comemorações nas Escolas, praças e Igrejas.
Grupo de Percussão.
Composta por 50 alunos ( 20 mulheres e 30 homens) na faixa etária de 10 a 15 anos, nos instrumentos de percussão (caixa, surdo, bombo e pratos) apresentam-se em comemorações Cívicas.
“É dignificante participar de um projeto com essa dimensão humana e com um caráter social sem precedentes”.
Formada por 25 músicos mais experientes, nos Instrumentos de Sopro, Percussão e Eletrônico que, consistem em valorizar e divulgar a musica instrumental de nosso município a outras localidades, além de ser uma oportunidade para troca de experiência, intercâmbio cultural, formação de platéia e servir de incentivo para que jovens e adolescentes cresçam em torno de uma atividade saudável para a comunidade.
A Banda já fez varias apresentações em Vigia e na Capital destacando-se: Natal para todos e reveillon 2008 na Praça da república em Belém, Concerto no teatro da Fundação Amazônica de Música no Projeto Música para todos em Belém, Concerto na Sociedade 5 de Agosto em Vigia, apresentações na Concha Acústica de Vigia no Festival de Verão 2008, Na Igreja Madre de Deus alem de Concertos na Cidade de Castanhal e Paragominas. Em 2009 participou da gravação do filme Saudades de minha terra e Vigia.


No decorrer dos anos a escola do Instituto ja musicalizou aproximadamente 300 alunos, que hoje compõe os seguintes grupos:VIGIA BIG BANDBANDA MAESTRO VALEBANDA MARCIALCORAL DE FLAUTAS DOCEGRUPO DE PERCUSSÃOTURMAS DE MUSICALIZAÇÃO. Os grupos do Instituto realizam na cidade de Vigia e localidades vizinhas , cerca de 50 apresentações anuais dentre, CONCERTOS, PROCISSÕES, DESFILES, ALVORADAS, além de oficinas constantes nas escolas municipais e estaduais de nossa cidade.




Banda 25 de Dezembro (Porto Salvo)


No início do século XIX no distrito de Porto Salvo haviam outrora duas bandas rivais a “7 de setembro” e a “Arcádia”. Ambas desapareceram dando lugar a uma terceira banda: a Banda “25 de Dezembro” fundada em 1968, pertence a localidade de Porto salvo. Participa de todos os eventos em que exige a presença das Bandas de Vigia, como Círio de Nazaré e Desfile Escolar de 7 de Setembro.