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Casos da Igreja e dilapidação do patrimônio

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O PATRIMÔNIO SACRO da Vigia, em sua maioria, foi constituído pelas ordens missionárias do século XVIII, tendo os jesuítas dei-xado inventários do acervo, e pelas irman-dades religiosas, como a de Nossa Senhora de Nazaré, também com bens inventariados e entregues ao Arcepisbado em 1909. No en-tanto, o histórico de incidentes, subtrações e roubos é recorrente. Em 1936 foi noticiado nos jornais uma invasão e roubo de jóias da Igreja Matriz, ocorrida em 31 de março daquele ano. Na festividade de 1943, o andor da padroeira, iluminado com velas, incendiou-se, causando danos à imagem original tra-zida pelos colonizadores. Mas a maior repercussão foi em torno do roubo ocorrido em fevereiro de 1977, em que foi levada a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, causando intensa mobilização de populares e autoridades em busca do criminoso. O fato levou ao cancelamento do carnaval, além de afetar a rotina comer-cial e pesqueira, havendo constantes vigí-lias. Por fim, a imagem foi localizada próxi-mo à Belém e devolvida à comunidade. Contudo, o grande lampadário de prata, que junto a outras peças, foi subtraído nos anos 80 (e ainda não recuperado), tornou-se símbolo da causa pela preservação e prote-ção do patrimônio sacro vigiense.

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Notícias relativas ao patrimôniosacro vigiense

o inventário daIrmandade de N. Sra.de Nazaré, de 1909.

Lampadário de pratada Igreja Matriz.

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O roubo da imagem da padroeira de Vigia, culminou no mais emocionante ato de fé do povo vigiense.

    O roubo que a igreja sofreu na madrugada de 10 de fevereiro de 1977. Vigia, conhecida como “a cidade que não dorme”, dessa vez, cochilou. Foram levadas as imagens de Nossa Senhora de Nazaré e a de São Luiz Gonzaga.
   Durante os dias em que a Santa ficou desaparecida a cidade de Vigia parou. Os pescadores já não saíam para a pescaria e os comerciantes não abriam as portas, enquanto não tivessem a padroeira de volta.
   O caso obteve repercussão na imprensa nacional e contou com um incessante trabalho de investigação policial, apoiado por inúmeras pessoas solidárias à causa. Até recompensa foi oferecida para quem prestasse informações sobre o paradeiro57.
   Na época, o prefeito da Vigia era o professor José Ildone Favacho Soeiro. O vigário era o padre Manfredo Knossala.
   Por fim, as pistas levaram a polícia até os ladrões, que foram presos. A mulher de um deles declarou que a Santa ia ser queimada, mas, por pouco, isso não aconteceu.
   A imagem da Santa foi encontrada quatro dias depois do roubo, num matagal, próximo a uma mercearia, na Rodovia BR 316, em Ananindeua. Tinha sido deixada num monturo. Já a imagem de São Luiz Gonzaga, que era de massa, foi jogada num córrego, e se decompôs.
   Quando a santa regressou à Vigia, em 14 de fevereiro, o povo fez uma festa de recepção como nunca se tinha visto58. A partir daí, essa data passou a ser considerada feriado municipal, em comemoração ao “dia do achado da Santa”.

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Jornais da época noticiando o fato

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Em 14 de fevereiro de 1977, após dias de muita aflição por parte do povo vigiense (que nessa época quase que em sua totalidade católica), a imagem de Nossa Senhora de Nazaré retorna para os braços de seus filhos.
Após o roubo da “santinha” verdadeiros exércitos e comitivas dos diversos setores da sociedade, mobilizam-se em buscas de seu símbolo sagrado, busca essa que se estende por diversos municípios das regiões vizinhas. Depois de dias de procura e investigações, é encontrada a imagem da santa em estado bastante precário, em um galpão abandonado aos arredores de uma cidade da região metropolitana de Belém.
Na volta pra cidade, uma imensa corrente de emoção gerou uma madrugada de festa, fogos, procissões e até missa celebrada pelo pároco da época Padre Manfred Knosala. Este dia 14 de fevereiro, vira feriado municipal e entra pros anais da história Vigilenga.

"Desmaios, gritos, cenas de histerismo e fogos de vista marcam o retorno da imagem de Nª Sª de Nazaré a cidade de Vigia..(....) Alta madrugada, houve uma longa procissão e missa em ação de graças, realizada em agradecimento à volta da imagem ao seu nicho." - Jornal A Provincia do Pará, 15/02/1977.

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Em 1977, a igreja matriz de Vigia sofre o mais conhecido assalto de sua história. Após quatro dias de muita procura pelo povo vigiense, foram achadas em 14 de fevereiro as imagens de Nossa Senhora de Nazaré e a de São Luis no município de Ananindeua. Fato que ficou conhecido como “O achado da santa”.
Na Fotografia do Jornal A Província do Pará, vemos o momento em que a imagem de São Luis Gonzaga é resgatada por um grupo de vigilengos devotos.

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O caso do vigário de Vigia e o Alemão Assassino 

O caso policial que abalou a pacata sociedade vigilenga da década de 1970. Assassinato e contrabando internacional foram um dos crimes que mobilizou os departamentos de polícias da Vigia e Belém. Na mira da justiça, o vigário e um meliante estrangeiro.

Quando pescadores vigilengos encontram dois corpos boiando no "canal do navio", área marítima pesqueira na Baia do Marajó, começa uma série de investigações que culminam na prisão do "alemão" Erick Smith e revela uma forte relação do criminoso com o pároco da época, o americano Padre Alfredo De La O. O caso mobilizou a imprensa de todo o estado e as investigações levaram a descoberta de intrigantes fatos relacionados a roubo de peças sacras e queima de arquivo (assassinato) dos tripulantes da embarcação conhecida como "Iate Tv".

Este caso que ficou conhecido como "O caso Erick Smith", tornando-se uma lenda dos fatos policiais vigilengo do século XX. Os detalhes dessa trama envolvendo vários elementos humanos e investigativos está como pano de fundo na obra conjunta dos escritores vigienses Wilkler Almeida e Paulo Cordeiro - O padre e o Alemão: Crimes misteriosos da Vigia setentista. (Que você pode adquirir no catálogo de vendas deste site, onde os valores serão repassados aos escritores parceiros)

Retrografia Vigilenga
Acervo: Arquivo Paulo Cordeiro.


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Recortes de Jornais da época relatando o caso ocorrido em Vigia.

Erick Smith

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O livro está à venda no catálogo de vendas do site - Adquira o seu exemplar 

Rua Josino Cardoso, 156

Bairro: Centro - Vigia, PA

CEP: 68.780-000

E-mail: vigiapara400@gmail.com

 

 

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© Coordenação WILTON ALMEIDA

Orgulhosamente Vigiense

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